A moda que estará nas vitrines na temporada invernosa brasileira do próximo ano, já chegou as passarelas do São Paulo Fashion Week. O evento que abre o calendário 2015 teve inicio na última terça feira (3) e segue até sexta-feira (7), no Parque Cândido Portinari, na capital paulista. Parece que desta vez o clima nas passarelas paulistanas tem sido de empolgação geral.Logo no primeiro dia, a plateia especializada vibrou com as coleções apresentadas, a exemplo da Animale, que agora conta com o talento do baiano Vitorino Campos assinando seu estilo. A inspiração na “Rota da Seda” a partir dos nômades da Ásia Central, revelou uma moda sexy e ao mesmo tempo cheia de classe com camisas largas de alfaiataria e muita assimetria nas partes de baixo, descando muitas fendas localizadas. Os tons terrosos conduziram todo o desfile, com ótimos momentos quando mixado com brancos e off whites.
Aliás, os tons que reinaram nos primeiros desfiles do SP Fashion Week foram os terrosos, em especial o marrom. Todos os tons terrosos sobem ao posto de novo “pretinho” da moda inverno. Na coleção de Victor Dzenk, que homenageia o cavalo Mangalarga Marchador, o ton “café” esteve presente em sobreposições plissadas e tricôs leves, e principalmente nos franjados. Quem acompanha os desfiles do estilista nas principais semanas de moda (Fashion Rio e Minas Trend), sentiu falta das estampas e dos vestidos fluidos. O próprio estilista explica essa ausência: “Em nossa estreia no São Paulo Fashion Week resolvemos fazer um desfile mais contido, mais minimalista, digamos assim. Só usamos uma estampa de cavalo, praticamente. Mas isso não quer dizer que deixamos nossas estamparias de lado, a nossa cliente vai encontrar mil maravilhas nas lojas que revendem nossa marca. São quase 200 pontos de vendas espalhados pelo país”. Disse Victor Dzenk, após o desfile.
Geová Rodrigues na UMA
A marca UMA, da estilista Raquel Davidovski, contou com a colaboração do potiguar radicado em Nova York, Geová Rodrigues, para estampar sua proposta “cleam” e minimalista, e o resultado foi surpreendente: “Estou super feliz com o resultado do meu trabalho com a marca UMA. Já vamos pensar na próxima coleção, que alias quero mostrar na minha terra”, contou o estilista nascido na cidade de Barcelona, no Rio Grande do Norte. Na coleção UMA, os marrons também predominaram. Tufi Duek, Cavalera e Pat Bo, completaram o line do primeiro dia de SPFW. Essa última, trata-se da marca jovem da estilista mineira Patricia Bonaldi, que atualmente é uma das grandes potencias da moda nacional. Sua moda é caracterizada em moda festa com um riquíssimo trabalho de bordado. Pela Pat Bo predominam o cumprimento curto e o shape mais ajustado.
E a segunda noite de São Paulo Fashion Week foi marcada pela participação da Gisele Bundchen no desfile da Colcci. A marca traz um jeans em versões tipo couture num primoroso trabalho em trançados, estruturados, padronagem gráfica e prespontos. As calças são mais confortáveis, como as boyfriends mais curtas e com bocas mais largas e as lavagens são modernas e com rasgões localizados. Antes disso desfilaram as marcas Lolita, João Pimenta, Giulina Romano, Pedro Lourenço, Reinaldo Lourenço e Pat Pats. Essa última criou uma situação tensa entre os jornalistas convidados, que ao chegarem no local do desfile foram “deselegantemente” desconvidados pela assessoria da marca, que anunciou de forma nada discreta a ausência dos seus respectivos nomes no “mapa” dos convidados.
Nesta quinta, penúltimo dia de evento, quem abre os desfiles é Patrícia Vieira, às 10h, seguido de Oh,Boy!, Glória Coelho, Fernanda Yamamoto, GIG, Têca, Juliana Jabour, Lino Vilaventura e Versace para Riachuelo.